Africa Basquetebol

29 março 2011

MOÇAMBIQUE : Técnico espanhol dirige selecção de basquetebol


LUÍS Lopes Hernández é o seu nome. Tem 44 anos de idade, nacionalidade espanhola e vem de Las Palmas, nas Ilhas Canárias. É treinador de basquetebol e desde semana passada se ocupa da selecção feminina, que tem pela frente duas importantíssimas competições: os Jogos Africanos de Maputo-2011, em Setembro, e o Afrobásquete do Mali, em Outubro.

Coadjuvado nas suas funções pelos renomados técnicos nacionais Carlos Alberto Niquice (Bitcho) e Simão Mataveia, Luís Hernández, que foi apresentado às jogadoras pelo presidente da Federação Moçambicana de Basquetebol, Francisco Mabjaia, imediatamente começou a trabalhar, de modo a habituar-se e cedo conhecer as atletas com as quais irá lidar no seu quotidiano durante os próximos sete meses.

Em Moçambique sob o suporte da Solidariedade Olímpica, do Ministério da Juventude e Desportos e da Federação Moçambicana de Basquetebol, o técnico espanhol, para já, não traça quaisquer metas, no entanto, sabendo que a selecção nacional é candidata aos lugares do pódio em ambas as provas, outra coisa não lhe resta senão assumir esse grande desafio de fazer com que o nosso país esteja nas posições cimeiras, tanto nos Jogos Africanos como no Afrobásquete.

Devido à problemática da falta de campos, uma vez que quase todos os pavilhões estão em processo de reabilitação, no âmbito da olimpíada continental, a selecção tem-se repartido entre o Desportivo, onde decorreu a apresentação de Luís Hernández, e a Escola Portuguesa. À disposição da equipa técnica estão 12 atletas que actuam intramuros, designadamente Ana Flávia Azinheira, Deolinda Gimo, Valerdina Manhonga, Anabela Cossa, Aleia Rachide, Ruth Muianga, Nádia Rodrigues, Ondina Nhampossa, Filomena Micato, Odélia Mafanela, Leia Dongue e Inguivilde Mucauro.

Do grupo das pré-convocadas figuram outras três jogadoras, entretanto, dispensadas. Trata-se de Carla Silva, em missão de serviço na cidade de Pemba, Amélia Macamo, por motivos de saúde, e Delmira Castro, em virtude de estudar no período nocturno.
Cinco jogadoras a evoluir no estrangeiro estão também previstas no lote das que envergarão o “jersey” nacional nas duas grandes competições basquetebolísticas deste ano. São elas: Clarisse Machanguana, Nádia do Rosário, Deolinda Ngulela, Vaneza Júnior e Nika Gemo, que se juntarão ao grupo somente em Julho.

No que diz respeito à rodagem competitiva, está previsto que a equipa estagie durante todo o mês de Agosto em Portugal, antecedido de curtas deslocações à África do Sul e Suazilândia e de um torneio internacional na Beira, já em Abril, envolvendo as selecções da Zâmbia e do Zimbabwe.

Enquanto isso, a turma masculina, neste momento às ordens de Milagre Macome, coadjuvado por Carlos Ferro, será igualmente dirigida por um técnico espanhol, Joseba Garcia, treinador do Maxaquene, vencedor das duas últimas edições da Liga Vodacom e que estará entre nós entre Maio e Junho.

No quadro da sua preparação para os Jogos Africanos e para o Afrobásquete de Agosto, cujo local de realização continua uma incógnita, após ter sido retirado da conturbada Costa do Marfim, a selecção nacional tem programado para Julho um estágio na Espanha. Antes, em Maputo, tomará parte no Torneio Internacional da Independência, tendo como convidados o Benfica de Portugal, 1º de Agosto de Angola e selecção da África do Sul.