Africa Basquetebol

17 agosto 2009

ANGOLA : Segunda conquista Africana só com "jogadores domésticos"

A selecção nacional conquistou sábado em Tripoli (Líbia) o seu décimo título africano de basquetebol sénior masculino, ao derrotar na final a sua similar da Cote D'Ivoire 82-72, num grupo constituído apenas por atletas que actuam no campeonato interno.

Pela segunda vez, os angolanos não precisaram de nenhum jogador a actuar além-fronteiras para confirmar a hegemonia da modalidade em África, de acordo com dados do livro “História de Angola nos Afrobaskets".

Foram necessários apenas quatro clubes, dos 12 que têm disputado o Campeonato Nacional, para Luís Magalhães sentir, pela primeira vez, o “sabor” de ser campeão a nível de selecções.

Carlos Almeida, Olímpio Cipriano, Kikas Gomes, Felizardo Ambrósio, Armando Costa (1º de Agosto), Eduardo Mingas, Carlos Morais (Petro de Luanda), Leonel Paulo, Luís Costa, Domingos Bonifácio (Libolo), Adolfo Quimbamba e Filipe Abraão (ASA) foram, desta vez, "os heróis da nação".

A primeira vez que Angola venceu um Afrobasket sem contar com atletas a actuar no estrangeiro foi em 2007. Na condição de anfitrião, a selecção nacional contou com a inspiração caseira para conquistar o nono troféu.

Em 2007, nas cidades de Luanda, Cabinda, Benguela, Lubango e Huambo, o grupo era formado pelos "Deca" exceptuando os novatos (Domingos Bonifácio, Leonel Paulo, Adolfo Quimbamba e Filipe Abraão), já que para os seus lugares estavam Miguel Lutonda, Milton Barros, Victor Muzadi e Victor de Carvalho, orientados por Alberto de Carvalho “Ginguba”.

Nos outros oito troféus os angolanos contaram sempre com alguma magia proveniente do exterior, embora a maior parte fosse sempre da prova local.

A primeira conquista, em 1989, dois atletas “brilhavam” além-fronteiras, propriamente em Portugal (Jean Jacques da Conceição e José Carlos Guimarães), que representavam o Sport Lisboa e Benfica.

Dois anos depois, no Cairo (Egipto), ambos voltaram a fazer a diferença na condição de “estrangeiros”. Em 1993, Nairobi (Quénia), a selecção recorreu a Jean Jacques, ainda no Benfica, e Paulo Macedo (Sporting Clube de Portugal).

Em 1995, Argel (Argélia), a dupla benfiquista regressa e leva Angola ao mais alto lugar do pódio pela quarta vez consecutiva, marcha interrompida em 1997 ao terminar na terceira posição em Dakar (Senegal).

Na segunda vez que o país foi palco da maior festa do basquetebol africano (1999) foram precisos quatro “estrangeiros”, naquela que foi a maior até ao momento, para recuperar o título perdido no Senegal. Justino Victoriano (Universidade de Texas), Aníbal Moreira (Ovairense/Portugal), David Dias (Queluz/Portugal) e Jean Jacques (Málaga/Espanha) foram os escolhidos para reforçar o “cinco” nacional e conquistar o quinto troféu.

Seguiram-se períodos que, novamente, eram necessários dois a três atletas de fora para a missão Afrobasket. Em 2001, Rabat (Marrocos), Gerson Monteiro (Barreirense/Portugal), David Dias (Benfica/Portugal) e Jean Jacques (Portugal

Telecom). Em 2003, Egipto, Kikas Gomes (Universidade Val Paraíso/EUA) e Jean Jacques da Conceição (Portugal Telecom) e ainda em 2005, Argel (Argélia), com Armando Costa e Kikas Gomes a serem chamados de Portugal (Queluz) e Alemanha (Energie Koln), respectivamente.
De realçar que sempre que foi preciso a contribuição de atletas que actuam no exterior estes corresponderam e muitos deles fizeram a diferença.

(Por Nelson Pascoal)

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