Africa Basquetebol

23 janeiro 2007

MOÇAMBIQUE : “Nacional” de Juniores Femininos : “Tricolores” passeiam sua classe no Chiveve

O MAXAQUENE passeou a sua classe no Chiveve e conquistou o Campeonato Nacional de Basquetebol de Juniores Femininos, sem conhecer o sabor amargo da derrota nos cinco jogos que realizou. No desafio da final, derrotou o ISPU por 58-52, em partida disputada sábado à noite, no Pavilhão dos Desportos da Beira, perante milhares de espectadores, entre eles a directora provincial da Juventude e Desportos de Sofala, Luísa Jemuce.

As novas campeãs nacionais, logo no princípio afirmaram-se como sérias candidatas ao título, perante adversárias relativamente fáceis, que na sua maioria mostraram falta de competição e rodagem, à excepção do ISPU, também da capital do país.

Foi uma prova que contou com a presença de oito equipas e disputada, na primeira fase, por duas séries de quatro cada. Ao longo desta etapa, a Escola Privada de Tete perdeu dois jogos na secretaria, por ter alinhado com duas atletas de idade sénior.
Obrigada a abandonar o certame, a formação tetense ficou na última posição da tabela classificativa, seguindo o Centro Juvenil de Inhambane (sétimo), Ferroviário da Beira (sexto), Sport Club de Chimoio (quinto), Josoal de Chimoio (quarto), Estrela Vermelha (terceiro), ISPU (segundo) e Maxaquene na primeira posição.
Os dois desafios que marcaram o fim da prova foram equilibrados, envolvendo equipas com níveis competitivos semelhantes. O Estrela Vermelha, que estava a lutar para salvar a honra da província de Sofala, conseguiu derrotar a Josoal de Chimoio por 66-53, tendo a sua atleta Vitória Zeca Jone sido eleita melhor jogadora do evento.

Por seu turno, o Maxaquene iniciou a partida da final com muitas dificuldades, porque o ISPU, ainda com jogadoras cheias de força, tomou conta do marcador e chegou ao fim dos primeiros 10 minutos a ganhar por 15-7.
Este resultado foi produto dos tripulos conseguidos por Mónica e Dulce, que puxaram o seu time. Porém, tal foi sol de pouca dura, pois as “tricolores”, com um banco de luxo, conseguiram virar o resultado, chegando ao intervalo a ganhar por 29-25.

EXPECTATIVA ATÉ AO FIM

Na segunda parte, e apesar de ter cometido alguns erros, o Maxaquene não deixou o seu adversário passar à dianteira. Nessa altura, a base Gracinda Bucar, auxiliada por Sofia e Deise, criou muitas complicações às “universitárias” e, com alguma facilidade, penetrava na defesa contrária.

O ISPU perdeu de cabeça erguida. Não teve alternativas no seu banco, porque Dulce, Mónica e Tânia já não estavam a dar conta do recado, tentando em vão fazer lançamentos dos 6,25 metros.

Foi um jogo interessante de se seguir até ao fim. Nenhuma equipa conseguiu uma diferença superior a 10 pontos, daí que tudo podia acontecer a qualquer momento. Aliás, nos últimos dois minutos, as coisas se complicaram, porque o ISPU reduziu a diferença para quatro pontos, mas não conseguiu o seu objectivo, porquanto o Maxaquene, de novo, se distanciou no marcador e passou a gerir o resultado até ao apito final.
FICHA TÉCNICA

MAXAQUENE - Maria Filipe (-) Gracinda Bucar (13), Sofia (20), Nema (3), Esmeralda (-), Cátia (4), Nhamhia (-), Henriqueta (2), Vanila (-), Isabel (2) e Deise (14).

ISPU – Vanda (-), Juninha (-) Tânia (7) Suzana (2), Belmira (4), Sheila (2) Dalila (2), Mónica (13), Dulce (14), Benezita (-) e Cecília (8).